Conheça

OS 
FUNDADORES

PE. PEDRO COUDRIN –

O “BOM PAI” 

1º de março de 1768, Coussay les Bois, França – nasce o menino Pedro Coudrin, 7º filho de uma família católica. Seus pais Francisco Abraão e Maria Rion Courdrin, cuidam da sua educação, inclusive religiosa, com muito esmero. É uma época difícil na França, que está passando por grandes mudanças políticas. Em 1780, Pedro Coudrin vai estudar em Chatellerault. Em 1785 ele entra na Universidade em Poitiers. Como a família não pode ajudá-lo ele passa a cuidar do palácio e dos filhos de uma família ilustre, ligada à corte real em Paris. Época de perseguições à igreja, mas Pedro Coudrin, estudante de teologia, quer ser sacerdote.

Ele não tem medo. É ordenado diácono, e em 4 de março de 1792 é ordenado sacerdote. Como sacerdote a sua missão é desagravar todas as injúrias feitas ao divino Coração, no silêncio do Sacrário. Um dia, após a celebração da Santa Missa, o prefeito e a polícia aparecem para prendê-lo, juntamente com o pároco. Pedro Coudrin e os irmãos Limousi, Xavier e Luis, fogem pelos fundos da Igreja.

A situação religiosa é uma confusão total. Os bispos autênticos foram desterrados, exilados. Os sacerdotes são perseguidos, são obrigados a fazer um juramento civil, isto é, declarar que obedecem ao governo francês, não ao Papa. Nesse período nasce em seu coração o desejo de adotar perpetuamente a Deus. Nesse período de intensa atividade apostólica, Padre Coudrin é ajudado pela Associação do Sagrado Coração, um grupo de senhoras piedosas que haviam se reunido para servir a Deus e se entregavam a uma atividade apostólica e caritativa.

 

Nesta Associação ele conhece a jovem Henriette Aymer, “seguindo as luzes do Espírito Santo”, funda a Congregação dos SS.CC. que nascia tendo como fundamento a Congregação dos Sagrados Corações, derivando daí sua vocação a missão de Contemplar, Viver e Anunciar o Amor Misericordioso de Deus, que, para eles, era reconhecido com maior clareza na união dos Corações de Jesus e de Maria.

Esta Congregação contém o mais fundamental e o mais íntimo da vocação e missão da Congregação: uma atitude de seguimento de Jesus Cristo numa procura ativa do que constitui as urgências do Seu Coração.

Dizia o Fundador: “Em Jesus encontramos tudo: seu nascimento, sua vida e sua morte, eis a nossa Regra”.

HENRIETTE AYMER DE LA CHEVALERIE – A BOA MADRE

Após a morte do Rei Luiz XVI, na guilhotina, o terror se impõe em toda a França. Por ter escondido em sua casa sacerdotes perseguidos pela Revolução Francesa, a jovem Henriette Aymer de La Chevalerie e sua mãe, foram presas, apesar de serem de família nobre. E por tal delito ficaram vários meses na prisão, onde se converteram.

Após a saída a vida da jovem, antes mundana, mudou totalmente. E acabou sintonizando-se com os mesmo ideais do Padre Coudrin, seu confessor. Mantiveram longas conversações, intercâmbios de intuições e ideais, chegaram à conclusão de que era hora de construir uma nova Cogregação Religiosa. Eram ambos muito jovens (ela com 30 anos e ele com 29), mas sabiam o que queriam e o que Deus esperava deles.

No dia 23 de junho de 1797, Festa do Sagrado Coração de Jesus, Henriette vendia toda a herança de seu pai e comprava, em segredo, uma grande propriedade na Rua Hautes-Treilles, que seria a primeira casa da Congregção dos Sagrados Corações. Assim praticava a palavra do Evangelho: “VAI E VENDE TUDO O QUE TENS”.

SÃO DAMIÃO DE MOLOKAI

No dia 11 de outubro de 2009, o Papa Bento XVI, no exercício de sua autoridade primacial na Igreja, teve a alegria de declarar santo o Padre Damião de Molokai. Este novo santo foi heroicamente dedicado aos hansenianos na ilha de Molokai. Seus restos mortais, que repousavam em Kalawao, foram transferidos em 1936 para a Bélgica, terra natal deste
heróico sacerdote.

Molokai é uma ilha do Havaí, onde – ao norte – existia uma colônia de leprosos. Foi aí que, por iniciativa pessoal e com licença da autoridade eclesiástica, se estabeleceu o Padre Damião de Veuster numa aventura de coragem e heroísmo, tornando-se assim o mártir da caridade a serviço dos doentes de lepra, doença que ele mesmo contraiu e foi causa de sua morte. Viveu só 49 anos, dos quais 25 como sacerdote.

A Igreja, para canonizar um servo de Deus, declarando-o santo, além de examinar-lhe a vida, o heroísmo e as virtudes, exige a prova divina de um verdadeiro milagre.

No caso de Padre Damião, aprovou-se a cura de um câncer em uma senhora de Honolulu. O nome dela: Andrey Toguchi, professora aposentada de 69 anos, hoje com perfeita saúde.
O que impressiona nesta breve vida de Pe. Damião de Molokai é a caridade extrema de, no esplendor dos seus 33 anos, oferecer-se para substituir o sacerdote que iria para Havaí e por doença não pode partir.

Só mesmo o amor em grau altíssimo pode explicar a generosa oferta desta extraordinária vida de um jovem religioso a doar-se aos leprosos de Molokai. São Damião de Molokai, apóstolo dos leprosos, pode-se dizer, sem medo de exagerar:
Amou-os até o extremo”.

BEATO EUSTÁQUIO – “SAÚDE E PAZ” , ERA O SEU LEMA

Padre Eustáquio, sacerdote da Congregação dos SSCC, compreendeu o exemplo e total amor ao Pai e aos irmãos, dado pelo Senhor Jesus. Padre Eustáquio nasceu na Holanda no dia 3 de novembro de 1890. Foi batizado no mesmo dia e recebeu o nome de Humberto.

Iniciou seu noviciado em 1913, em Tremelo, na Bélgica. Fez votos de pobreza, castidade e obediência. Matriculou-se no Seminário da Congregação dos Sagrados Corações. Ao receber o hábito religioso, como era costume na época, trocou o nome para Eustáquio.

Em 1919, foi ordenado sacerdote em 10 de agosto, na Holanda. Desde o início, Pe. Eustáquio edificava a todos que o rodeavam, pela sua profunda piedade. Durante 4 anos, foi capelão uma colônia de refugiados de guerra belgas. Por sua importante assistência espiritual aos refugiados belgas, o Rei Alberto da Bélgica enviou-lhe uma condecoração e a Comenda de “Cavaleiro da Coroa Belga”.

Em 1925 Concretiza seu ideal de ser missionário. Veio para o Brasil e desembarcou no Rio de Janeiro no dia 12 de junho, onde permaneceu por algumas semanas, à espera de uma destinação pastoral, na diocese de Uberaba. Em 1926, tornou-se reitor do Santuário de Nossa Senhora da Abadia e pároco de Romaria, de nova Ponte e de Indianápolis.

Pe. Eustáquio entregou-se com entusiasmo, ao verdadeiro trabalho missionário. Visitava casebres e choupanas a procura dos doentes e feridos; distribuía alimentos, procurava emprego para os desempregados. Consolava os aflitos com prudência e bondade. Depois de algum tempo, todos consideravam o padre como um santo e sincero ministro de Cristo. Pe. Eustáquio passou por muitas paróquias em Poá, São Paulo, Araguari, Campos do Jordão e Rio de Janeiro.

Em 7 de abril de 1942, chega a Belo Horizonte, onde assumiu a direção da Paróquia de São Domingos, na Vila Celeste (atual bairro Padre Eustáquio). Ficou nesta Paróquia até seu falecimento.

Em 1943, após dias de aflição e muita dor, aos 53 anos, na manhã do dia 30 de agosto, morre no Hospital Alberto Cavalcanti em Belo Horizonte devido a uma mordida de um carrapato infectado de tifo. No dia 31 de agosto, no mais solene féretro realizado em Belo Horizonte, os restos mortais do Pe. Eustáquio foram conduzidos pelas autoridades e pelos fiéis, ao Cemitério Bonfim. Seu túmulo tornou-se local de preces e piedosas manifestações de fiéis.

No dia 5 de fevereiro de 1956, foi dado início dos trabalhos preliminares para a instauração do Processo Canônico para Beatificação e Canonização do Servo de Deus. No dia 15 de junho de 2006, foi beatificado Pe. Eustáquio Van Lieshout, religioso da Congregação dos Sagrados Corações.

PEQUENAS ORAÇÕES DO BEATO EUSTÁQUIO
“Que nada vos perturbe, Que nada vos aflija, Que nada vos assuste!
 Tudo passa: a dor e a alegria. Só Deus fica. Eternamente!”

“Jesus, eu vos amo, Jesus, eu vos sigo, Jesus, eu vos ouço, Sempre, sempre! Por Jesus quero viver Por Jesus quero lugar Por Jesus quero me dirigir Por Jesus quero dar a minha vida!”